ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

Volume 22 - Número 1

Editorial
Editorial

Claudio Hoineff

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):1-1
Palavras-chave:
Comunicaçao breve
Estudo exploratório sobre a mortalidade por suicídio entre crianças e adolescentes no Brasil

Dafne de Albuquerque Simão1; Eugênio de Moura Campos2; Maximiliano Loiola Ponte de Souza3

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):2-6
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INTRODUÇÃO: O suicídio é um importante problema de saúde pública e vem aumentando nos mais jovens. A literatura focada nestes seguimentos é escassa. Parte dos estudos agrega numa única categoria a população de 10 a 19 anos, desconsiderando as diferenças existentes entre crianças (10 a 14 anos) e adolescentes (15-19 anos).
OBJETIVOS: Descrever de forma comparativa as características e as taxas de suicídio entre crianças (10-14 anos) e adolescentes (15-19 anos) no Brasil.
MÉTODO: Estudo descritivo, compreendendo o período de 2012 a 2016, utilizando dados dos sistemas nacionais de informação. Foram selecionados óbitos de pessoas com idades de 10 a 19 anos, cuja causa básica foi classificada como "lesões autoprovocadas voluntariamente".
RESULTADOS: O método mais utilizado foi o enforcamento. O segundo método mais comum variou conforme o sexo, no masculino foi mais frequente a arma de fogo e no feminino, a intoxicação. O óbito ocorreu mais frequentemente em domicílio. Meninas e adolescentes do sexo feminino morreram mais frequentemente em hospitais/ estabelecimentos de saúde. Entre crianças houve maior percentual de indígenas. Entre crianças, a taxa de mortalidade por suicídio foi de 0,8/100 mil (0,9/100 mil, em meninos e 0,7/100 mil, em meninas). Já entre adolescentes, a taxa foi de 4,2/100 mil, sendo 6,0/100 mil no sexo masculino e 2,4/100 mil no feminino. As taxas variaram conforme as macrorregiões.
CONCLUSÃO: Evidenciou-se um conjunto de assimetrias de gênero e variações nas taxas de suicídio entre crianças e adolescentes potencialmente úteis para elaboração de estratégias de prevenção deste agravo.

Palavras-chave: Suicídio Consumado. Criança. Adolescente. Brasil. Epidemiologia.
Artigo Original
Alterações hematológicas na criança infectada pelo vírus da imunodeficiência humana

Flávia Yasmine Elias1; Tony Tannous Tahan2; Andrea Maciel de Oliveira Rossoni2

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):7-14
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OBJETIVOS: Determinar a prevalência de alterações hematológicas em crianças com resultado positivo para infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, bem como suas causalidades e condutas.
MÉTODOS: Estudo observacional, analítico, transversal, com coleta de dados retrospectiva. A amostra foi composta pelos pacientes em acompanhamento no serviço de infectopediatria de um hospital terciário no Paraná, de janeiro de 2002 a setembro de 2018. a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da referida instituição.
RESULTADOS: Foram incluídos todos os 56 pacientes que estavam em acompanhamento no período, sendo 53,57% meninas e 50% com idade de 11-15 anos. Ao longo do acompanhamento, 42,86% apresentaram uma ou mais alteração no hemograma. As principais alterações encontradas foram: 16,06% anemia; 23,21% macrocitose e 10,71% plaquetopenia. Fizeram uso de Zidovudina 85% dos estudados, em algum momento do tratamento (p=0,268). Todos os pacientes com macrocitose constavam como bons aderentes ao tratamento (p=0,018). Em 75% das alterações, a conduta foi expectante.
CONCLUSÕES: Foram encontradas alterações nas três séries do hemograma, com predominância da eritrocitária. A anemia e a macrocitose foram as mais prevalentes e para a grande maioria das alterações não houve necessidade de intervenções, reforçando a segurança da terapêutica instituída.

Palavras-chave: Crianças. Macrocitose. AZT. Infecções por HIV. Doenças hematológicas.
Associação da ocorrência de violência na infância em médicos da Estratégia Saúde da Família e a notificação da violência infantojuvenil

Kedison da Silva Monteiro; Débora Oliveira Marques; Camila Soares Santos; Nathalia França de Oliveira

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):15-20
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INTRODUÇÃO: A notificação da violência contra crianças e adolescentes configura-se como uma ferramenta para o controle do agravo e o cuidado das vítimas e famílias. Assim, é importante compreender se a ocorrência de violência na infância apresenta uma relação com o ato de notificar a violência infantojuvenil.
OBJETIVO: Analisar a associação da ocorrência de violência na infância em médicos da Estratégia Saúde da Família e a notificação da violência infantojuvenil em Manaus.
MÉTODOS: Estudo transversal, realizado em unidades básicas de saúde. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário multitemático padronizado, pré-codificado, previamente testado e autoaplicado. Para identificar a ocorrência de violência na infância, empregou-se o Questionário sobre Traumas na Infância (QUESI).
RESULTADOS: Dos 71 médicos que participaram do estudo, mais de 90% referiram a ocorrência de negligência física e emocional de forma moderada a extrema. A ocorrência de abuso físico, sexual e a negligência emocional predominou no sexo feminino. Não há relação entre a ocorrência de violência na infância entre os médicos da Estratégia Saúde da Família em Manaus e o ato de notificar a violência contra crianças e adolescentes. No entanto, observou-se que os profissionais médicos que sofreram abuso sexual (60,0%) foram os que mais notificaram os casos identificados.
CONCLUSÕES: O estudo demonstrou que a ocorrência de violência sexual na infância parece influenciar o ato de notificar. Dessa forma, enfatiza-se a necessidade de se considerar não somente as experiências profissionais, como o histórico pessoal dos profissionais ao se planejar as capacitações sobre o tema.

Palavras-chave: Maus-tratos infantis. Médicos de atenção primária. Estratégia Saúde da Família. Notificação de doenças. Crianças. Adolescentes.
Triagem neonatal para erros inatos da imunidade com quantificação de trec e krec em recém-nascidos prematuros e a termo

Priscila Feijó Klaes1; Fernanda Pinto Mariz1; Ekaterni Simões Goudouris1; Jusley Lira Sousa2; Lucila Akune Barreiros2; Antonio Condino Neto2

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):21-28
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OBJETIVO: Aplicar teste de triagem para erros inatos da imunidade (EII), descrever resultados comparando diferenças entre nascidos prematuros e a termo, e achados clínicos associados.
MÉTODOS: Estudo descritivo no qual foram obtidas 384 amostras de sangue em papel filtro de recém-nascidos na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para quantificação do número de círculos excisados de receptores de células T (TREC, do inglês: T-Cell Receptor Excision Circles) e círculos excisados kappa-deleting (KREC, do inglês Kappa-deleting Recombination Excision Circles) com técnica de reação em cadeia de polimerase (polymerase chain reaction, PCR) em tempo real. As variáveis foram comparadas utilizando-se o teste de Mann-Whitney e consideradas significativas quando p < 0.05.
RESULTADOS: 383 amostras válidas, valores de TREC variando de 0 a 641 (mediana: 151, média: 169) e de KREC de 0 a 397 (mediana: 74, média: 86.5) moléculas por microlitro. Das 7 amostras com valores abaixo da normalidade, 6 foram repetidas. Não foi confirmado nenhum caso de imunodeficiência. Quantificações de TREC e KREC de prematuros foram significativamente menores que dos nascidos termo (p<0.0001 e p=0.03, respectivamente), entretanto, em relação ao KREC, não houve diferença entre prematuros a partir de 34 semanas e a termo (p=0.86).
CONCLUSÃO: A prematuridade influencia na quantificação de TREC e KREC, porém a grande maioria dos prematuros apresentou resultados normais, ressaltando a importância do exame mesmo nesses recém-nascidos. Os resultados sugerem que a repetição da avaliação de KREC em recém-nascidos prematuros, quando necessária, pode ser realizada a partir de 34 semanas.

Palavras-chave: Triagem neonatal. Agamaglobulinemia. Imunidade. Imunodeficiência combinada severa.
Artigo de Revisao
Complicações neurológicas de sinusite em pacientes pediátricos: revisão da literatura dos últimos cinco anos

Kamila Magalhães Sampaio1; João Vitor Santa Maria Magalhães2; Ingrid Kandler1

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):29-34
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INTRODUÇÃO: Sinusite é um termo amplo que inclui várias subdivisões de inflamação sinusal, podendo ser aguda, subaguda e crônica. Estes termos são comumente usados para descrever infecções bacterianas, mas também existem infecções fúngicas crônicas, bem como a sinusite alérgica. As complicações intracranianas são sequelas comuns de sinusite, quando há comprometimento dos seios frontais ou etmoidais, e o risco de infecção intracraniana é acentuadamente aumentado. Apesar de sua relativa raridade, as complicações intracranianas permanecem clinicamente importantes, devido à alta morbimortalidade associada à doença.
OBJETIVO: Revisar retrospectivamente a literatura, a fim de obter uma síntese das complicações neurológicas de sinusite mais comuns em pacientes pediátricos, para fornecer dados adicionais ao pequeno corpo de literatura que existe sobre este tópico.
FONTE DE DADOS: Esta revisão se baseia em estudos publicados na base de dados PubMed nos últimos 5 anos. Para tal, foram utilizados os descritores "sinusite", "complicações" e "pediatria".
SÍNTESE DE DADOS: Grande parte dos estudos apresentam empiema epidural e subdural, complicações intracranianas supurativas e não supurativas, além de comprometimentos orbitais. Complicações intracranianas secundárias à rinosinusite, embora apenas esporadicamente observadas, são potencialmente fatais, e pacientes com sinusite que desenvolvem complicações mais graves são comumente crianças.
CONCLUSÃO: Complicações neurológicas decorrentes de sinusite bacteriana são eventos raros, mas que exigem atenção do pediatra, pelo fato de suas manifestações clínicas serem inespecíficas, como febre, cefaleia, náuseas ou vômitos, mas com a grande possibilidade de morbidade nos pacientes.

Palavras-chave: Pediatria. Complicações. Sinusite.
Relato de Caso
Manifestações clínicas e lesões isquêmicas da chikungunya neonatal em unidade neonatal do interior do Estado do Rio de Janeiro: relato de dois casos

Charbell Miguel Haddad Kury1,2,3; Barbara Soares de Oliveira Souza1,3; Edwarda Ciâncio Soares-Silva1,2; Dayana Brasileiro Haddad Parente1,4; Esther de Souza Beira1,2; João Pedro Silva Castro-Cardoso1,2; Juliana dos Santos Valentim da-Silva1,2; Leonardo Pereira Barros1; Bruno Passebom Soares5; Leonardo Vandesteen6

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):35-40
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INTRODUÇÃO: O vírus Chikungunya (CHIKV) é causador de quadros infecciosos agudos. O primeiro caso de transmissão vertical foi identificado em 2005. Atualmente, essa infecção viral representa um grave risco para os neonatos de mães sintomáticas.
OBJETIVO: Descrever manifestações clínicas e radiológicas em dois casos de chikungunya neonatal por transmissão vertical.
DESCRIÇÃO DO CASO: Neonatos filhos de mães que apresentaram ao final da gestação quadro de infecção por CHIKV confirmada laboratorialmente. Caso 1: neonato, masculino, iniciou quadro de cianose perioral, evoluindo no 6º dia com choro e irritabilidade. Realizada ressonância magnética de crânio (RNM), que evidenciou encefalite aguda com lesão parenquimatosa e áreas de necrose/liquefação periventricular e extensão para os membros posteriores das cápsulas internas. Houve evolução para sepse neonatal precoce. Caso 2: neonato feminino, iniciou no 4º dia de vida quadro de irritabilidade, febre e exantema maculopapular em região de dorso. A doença evoluiu para enterocolite necrotizante cirúrgica. A RNM também evidenciou sinais de encefalite aguda por CHIKV. Ambos os casos obtiveram sorologia IgM positiva para CHIKV. Ambos foram submetidos a tratamento antimicrobiano associado a terapia com imunoglobulina humana e suporte sintomático. Após melhora clínica, receberam alta hospitalar, respectivamente, no 25º e 47º dia de vida.
DISCUSSÃO: A encefalite por CHIKV é uma manifestação neurológica grave, com implicações em neurodesenvolvimento. A abordagem propedêutica desta doença deve envolver todo um conjunto de suporte clínico e análise por exames de imagem, sendo imperativo avaliar o neurodesenvolvimento cerebral, pois este norteia as tomadas de decisões terapêuticas/suporte, a fim de se evitarem sequelas no longo prazo. O uso de imunoglobulina humana em ambos os casos foi seguro e protetor.

Palavras-chave: Vírus Chikungunya. Encefalite Viral. Imunoglobulinas.
Apresentação neuropsiquiátrica da doença de Niemann-Pick tipo C: relato de caso e revisão da literatura

Bruno Previdelli Coghi1; Beatriz Bettiol Nicoletti1; Bruna Sandy Pastre1; Bruna Isepão Barboza da-Silva1; Zumira Aparecida Carneiro1; Jacqueline Fonseca2; Laura Vagnini3; Regina Albuquerque4; Marcela Almeida1; Debora de Cassia Tomaz4; Fernanda Veiga Goes5; Tainá Regina Damaceno Silveira6; Ana Paula Andrade Hamad7; Fernanda Timm8; Charles Marques Lourenco1,4

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):41-46
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INTRODUÇÃO: Niemann-Pick tipo C (NP-C) é uma condição genética hereditária autossômica recessiva, causada por mutações nos genes NPC1 e NPC2, ocasionando armazenamento lisossomal neurovisceral. Alteração lisossomal decorre de defeito no trânsito celular, com consequente acúmulo de glicoesfingolipídios e colesterol em diversos órgãos, progressivamente levando à morte celular prematura. Essa doença apresenta uma prevalência de 1:120.000, no qual cerca de 95% dos afetados exibem alteração no gene NPC1 e apenas 5% são decorrentes de mutação no gene NPC2. Pacientes com NP-C podem apresentar vários fenótipos, desde a forma neonato-infantil, com manifestações viscerais como organomegalia e colestase, até a forma juvenil-adulta, com degeneração neurológica progressiva.
RELATO DE CASO: Paciente feminino, 18 anos, encaminhada para investigação de quadro neuropsiquiátrico ("esquizofrenia-like" e paralisia do olhar conjugado vertical), associado a manifestações motoras (ataxia, leve distonia e disartria). Diante dos achados clínicos e exame físico, solicitou-se o teste de Filipin que se positivou, sendo necessário o sequenciamento genético para comprovação da doença. Após o diagnóstico, iniciou uso de terapia de redução de substrato (TRS) com Miglustate, evoluindo com estabilização clínica.
DISCUSSÃO: NP-C deve ser considerada como diagnóstico diferencial de diversas doenças com manifestações viscerais e neuropsiquiátricas progressivas, a fim de direcionar sua investigação. Sendo a NP-C potencialmente tratável e dado seu caráter progressivo, o diagnóstico precoce torna-se fundamental, não só para melhor prognóstico clínico da paciente, mas também para permitir aconselhamento genético familiar.

Palavras-chave: Doença de Niemann-Pick Tipo C. Proteína C1 de Niemann-Pick. Colestase. Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos.
Trombocitopenia neonatal aloimune como causa de hemorragia intracraniana fetal: relato de caso

Bruno Antunes Contrucci 1; Gustavo Rogério Pinato1; Bruno Barboza de-Oliveira1; Carolina Nascimbeni Rodrigues Cruz1; Nathália de Oliveira Kolln2; Marina Vanzela Lania Teles2; Gustavo Botelho Sampaio3

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):47-50
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A produção de anticorpos maternos contra antígenos plaquetários fetais herdados do pai, e que gera destruição plaquetária significante, define a trombocitopenia neonatal aloimune. Caracteriza-se por intensa plaquetopenia, com expressivo sangramento mucocutâneo pós-natal, além de importante causa de sequelas neurológicas em recém-nascidos decorrentes da hemorragia intracraniana que ocorre tanto intraútero quanto perinatal. Pelo fato de ser subdiagnosticada na prática clínica, buscou-se relatar o caso clínico com o intuito de discutir o diagnóstico, manejo clínico e importância da trombocitopenia neonatal aloimune, que se apresentou com sangramento intracraniano fetal evidenciado durante avaliação ultrassonográfica do pré-natal.

Palavras-chave: Trombocitopenia neonatal aloimune. Trombocitopenia. Transtornos plaquetários. Hemorragias intracranianas.
Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica associada ao Sars-Cov-2: relato de caso

Bárbara de Lima Lacerda1; Bárbara Bertolino Ravagnani1; Bianca Prado e Silva1; Laís Santos Nunes1; Nathália Antunes dos Santos1; Valdir Rubi Ecke Júnior1; Vanessa Geron1; Maísa Moscardini Moreira Herker Souza1,2

Rev Ped SOPERJ. 2022;22(1):51-56
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INTRODUÇÃO: A infecção pela Covid-19 iniciada na China em 2019 disseminou-se rapidamente pelo mundo, atingindo sobretudo adultos e idosos. Em abril de 2020, no entanto, houve a identificação de uma síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C) com predomínio em crianças e adolescentes. Essa síndrome se manifesta de diferentes formas, podendo assemelhar-se à síndrome de Kawasaki e ao choque tóxico e evoluir para choque, a maioria cardiogênico, com elevação de enzimas musculares cardíacas.
OBJETIVO: Relatar o caso de duas crianças infectadas pelo vírus SARS-CoV-2 que evoluíram com MIS-C e refletir sobre a importância do reconhecimento precoce e rápida instituição de tratamento para a enfermidade.
DESCRIÇÃO DO CASO: Trata-se de um relato de caso de dois pacientes distintos que apresentaram a MIS-C após contraírem o vírus SARS-CoV-2. Os dois casos apresentaram sintomas e evoluções diferentes, embora ambos preenchessem critérios diagnósticos para a síndrome.
DISCUSSÃO: Entre os critérios clínicos da MISC, observam-se com maior frequência manifestações como febre, sintomas gastrointestinais, comprometimento cardíaco e elevação de marcadores inflamatórios. Tratando-se de uma síndrome nova relacionada à Covid-19, é de grande relevância a documentação de novos casos para o melhor reconhecimento e manejo da complicação que acomete principalmente a faixa etária pediátrica.

Palavras-chave: Pediatria. Síndrome de Linfonodos Mucocutâneos. COVID-19.